sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Meu eu






Meu eu


Seria difícil decifrar o meu eu
Quem sou eu?Parei e também pensei
Não sei, quem sou!
Será que eu sou um invento
Não admito, nem uma coisa, nem outra
Será que dá pra encontrar,
Esse alguém? Que memória!
Eu sou difícil de decifrar
Sou uma carta de baralho
Talvez um atalho um labirinto
Um beco sem saída um buraco fundo raso
Quem eu sou?
Já me esquecei deu um branco!
Um infarto no coração rasgado
Ou uma folha seca caída,
Pisoteada por cavalos ou um pé
Um barco á deriva um erro da ciência
Talvez eu nem exista
Sou um fantasma no cemitério
Um vampiro desvairado
O que eu sou?
Não sou nada, um neguem
Eu sou animal um bicho do mato,
Que não mata uma formiga, um vaga-lume
Eu sou o tempo
Sem cara sem forma, sou o avesso
Um contra tempo um redemoinho
Um mar profundo um calabouço um osso
Duro de roer, eu sou, tudo o nada....
Marina Nunes 28/092007

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